Por: Thays Silva
Entre os dias 11 e 18 de maio, a Faculdade Adventista da Amazônia (FAAMA) realizou mais uma edição da Semana da Colportagem, um evento voltado à promoção e valorização dessa obra missionária dentro do ambiente acadêmico. A programação contou com momentos de espiritualidade, visitas, atividades esportivas e celebrações, reunindo colportores, alunos da instituição e visitantes da região Norte.
Além de promover integração e fortalecer vínculos entre os participantes, a semana também serviu como um espaço de conscientização sobre o papel transformador da colportagem na vida dos estudantes. Para os organizadores, essa experiência certamente vai muito além das atividades de campo e representa um verdadeiro processo de formação pessoal e espiritual.
Um ministério transformador

“A colportagem tem gerado um impacto extraordinário. Primeiramente, porque a colportagem é uma escola de formação de missionários porque nós recebemos jovens estudantes inexperientes e a colportagem vai desenvolvê-los em todos os aspectos que eles precisam para se tornar missionários”, explicou o diretor de Publicações para o norte do Brasil, Pr. Ivan Nascimento.
A colportagem não apenas desenvolve para ajudar o próximo, mas também ajuda o próprio colportor. Foi o que sentiu o estudante de teologia Felipe Mota. “Antes da colportagem, eu vivia uma vida totalmente frustrada na caminhada cristã. E, a partir de encontros com pessoas que precisavam da verdade, eu precisei ter um encontro com Deus. Foi nesse momento que eu percebi que a colportagem não é apenas venda de livros, mas um ministério que nasceu no coração de Deus. Eu orei e tive paz. Foi essa paz que me fez lidar com o caos de fora”, relevou o jovem.
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A vivência de Felipe não é única. Conforme explica o Pr. Helearte Morais, diretor de Publicações para o nordeste do Brasil, “o jovem que tem a oportunidade de participar do Ministério de Publicações está atendendo a um chamado de Deus. O primeiro ganho que o jovem pode ter participando desse ministério é o fortalecimento da sua vida espiritual”.

Além dos benefícios para os próprios colportores, a obra missionária também gera um efeito positivo nas igrejas locais. A presença e o trabalho desses jovens evangelistas promovem maior motivação, bem como entusiasmo entre os membros, especialmente os jovens. É o que explica o Pr. Josimar Evangelista, diretor de Publicações para o nordeste do Maranhão: “quando os colportores passam pelas igrejas, de fato nós vemos o impacto. A igreja é mais motivada, os jovens mais animados. Nós percebemos que algumas pessoas, inclusive, chegam ao batismo por meio dos colportores evangelistas”.
Uma semana para inspirar e fortalecer a missão
A semana foi cuidadosamente planejada para inspirar, capacitar, motivar e recrutar novos colportores. O propósito foi difundir, divulgar e fortalecer a colportagem na FAAMA. Além disso, também se buscou fidelizar aqueles que já atuam na área, incentivando-os a permanecer firmes na missão.
A estudante Ellen Alves vê a colportagem como um chamado de Deus em sua vida. Um chamado para o qual ela disse sim. “Eu trabalhava, pedi demissão. Eu recebi o convite e vim colportar. Enfrentei bastante desafio, mas Deus me conduziu da melhor forma. Eu não me arrependo nem um segundo de ter largado meu emprego fixo para poder vir cumprir o chamado de Jesus”, contou.
Assim como Ellen, muitos outros participantes têm histórias inspiradoras e a programação apresentou diversas delas de modo a mostrar o impacto e a importância da colportagem nas vidas das pessoas.

Missão e integração
Um dos destaques da programação foi a presença dos diretores de Colportagem da União Norte e da União Noroeste, que visitaram o campus para apresentar os principais projetos da área. Eles também conduziram visitas aos colportores em suas residências, momentos de oração e cultos especiais tanto na capela da FAAMA quanto na capela do SALT (Seminário Adventista Latino-americano de Teologia).
Além disso, a programação recebeu três grupos do projeto Sonhando Alto, provenientes de diferentes campos e associações da região. Os jovens acompanharam de perto as atividades com o objetivo de conhecer melhor o ambiente da FAAMA e se motivar a ingressar nos estudos na instituição.
Da mesma forma, também fizeram parte da programação as Olimpíadas do IDEC, com competições de vôlei, natação, corrida, futsal, dominó e ping-pong. As atividades promoveram momentos de descontração e, sobretudo, tiveram o propósito de fortalecer os vínculos entre os colportores. Foi uma maneira de reforçar que a colportagem vai além das ações missionárias nas férias: ela é um estilo de vida cultivado no cotidiano.
Celebração das vitórias

A semana foi encerrada com a tradicional Festa da Vitória, realizada no domingo à noite. O culto jovem especial celebrou as conquistas obtidas pelos colportores durante as férias de final de ano, destacando a realidade da missão e o impacto positivo nas vidas daqueles que aceitaram o chamado.
“Eles certamente estão vendo aqui os frutos do trabalho deles nas férias. Eles passam pelos desafios, pelas lutas, e chegam aqui pra Festa da Vitória. É como dizer: ‘cheguei até aqui, venci’. Então, é uma bênção, uma alegria ter este momento com eles”, contou o Pr. João Vicente, coordenador do Instituto de Desenvolvimento do Estudante Colportor (IDEC) da FAAMA.

A programação como um todo foi um momento de renovação espiritual, fortalecimento de vínculos e incentivo à missão. Ao reunir diferentes públicos e proporcionar experiências práticas, a instituição reforça, acima de tudo, seu compromisso com a formação integral de seus alunos e com o avanço da obra missionária no território amazônico.